Passei toda a tarde
na companhia da solidão
com o seu rosnar de cão,
no outono
do fiorde.
O pior é que a solidão,
como a Poesia,
não lambe as mãos do dono.
Morde.
José Gomes Ferreira in “Poesia VII”
(Quando o poeta exerceu funções consulares em Kristiansund, Noruega)